Filosofia do amor

Sobre o livro:

Georg Simmel foi, sem duvida nenhuma, a figura de transição mais importante e mais interessante de toda a filosofia moderna. Por esse motivo, exerceu uma atração sobre todos os verdadeiros talentos filosóficos da nova geração de pensadores.

O espiritual, em Simmel, é a apreensão fulgurante, a expressão ao mesmo tempo admirável e pregnante de fatos filosóficos ainda não revelados, a faculdade de ver o fenômeno mais íntimo, mais anódino da vida cotidiana tão fortemente sub specie philosophiae que ele chega a se tornar translúcido e deixa aparecer, além dessa transparência, o eterno encadeamento de formas de que é solidário o sentido filosófico.

Simmel é o verdadeiro filósofo do impressionismo. Não que ele tenha apenas posto em conceitos o que exprimiu a evolução impressionista da música, das artes plásticas e da literatura; sua obra é bem mais que a formulação abstrata da visão impressionista do mundo, é a figuração filosófica desse sentimento global de que nasceram as maiores obras dessa tendência, é a essência da época que nos precedeu imediatamente, formalizada de maneira tão problemática quanto nas obras de um Monet ou de um Rodin, de Richard Strauss ou de Rilke.

Do posfácio de G. Lukács

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